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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Ciro Gomes está de volta

Blog do Eliomar Lima

Após bom período hibernando politicamente, eis que o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PSB) dará o ar da graça, e da sua fala, em território cearense.
Na próxima segunda-feira, a partir das 9 hs, na Assembléia Legislativa, ele dará palestra sobre o tema “Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas”.
Ciro falará dentro do Fórum de Ideias Inovadoras em Políticas Públicas, uma promoção da ONG Fip, que ainda contará com a presença do ex-diretor sênior do Banco Mundial, Antonio Rocha Magalhães.

Derrota do governo na votação do Código Florestal mostra fraturas na base aliada


correiodobrasil.com.br
A base aliada do governo na Câmara sofreu seu pior desgaste na noite passada, durante a votação do novo Código Florestal. Fragilizada, especialmente por conta da demorada renovação dos cargos de segundo escalão do Executivo, a aliança de sustentação ao governo deixou de existir nos discursos dos líderes aliados durante a votação do Código Florestal. As negociações em torno dessa matéria mostraram os desentendimentos entre lideranças do governo e de partidos aliados de forma ainda mais evidente.
Ao governo não agradou o discurso do líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que pressionou pela votação do Código Florestal e ainda encabeçou uma emenda que mudava o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) em pontos considerados essenciais pela presidente Dilma Rousseff. A emenda tinha apoio da maioria dos partidos aliados e da oposição. Apenas PT, PSB, PSOL e PV estavam contra a mudança no texto do relator.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Governadores unem discurso em defesa de Palocci

easonfn.wordpress.com

Governadores petistas durante encontro em Brasília
Às vésperas de um dos principais embates do governo Dilma Rousseff no Congresso, e em meio às pressões sobre Antonio Palocci, o PT unificou o discurso em defesa do ministro da Casa Civil após encontro de governadores realizado nesta segunda-feira 23, em Brasília.
A reunião, que tinha como mote temas como reforma política, Copa do Mundo e combate à miséria, serviu para que os governadores petistas Agnelo Queiroz (DF), Jaques Wagner (BA), Marcelo Déda (SE), Tarso Genro (RS) e Tião Viana (AC) colocassem o caso Palocci em pauta e tentassem minimizar as suspeitas de enriquecimento ilícito sobre o ex-deputado.
O governador baiano tomou a dianteira em favor do ministro. Segundo ele, a oposição faz seu papel ao tentar convocar Palocci para prestar esclarecimentos no Congresso, mas disse temer uma “banalização” de instrumentos como a CPI. Para Wagner, os esclarecimentos devem ser feitos à Receita Federal e ao Ministério Público.
Para Jaques Wagner, trata-se de uma “ilação” a suspeita de que o crescimento do patrimônio de Palocci, observado nos últimos dois meses de 2010, ano de eleições, tenha referência a eventuais sobras da arrecadação de campanha. O ministro foi o principal coordenador da campanha eleitoral da presidenta Dilma Rousseff e chefiou a equipe de transição do governo.
Já o governador de Sergipe minimizou a “blindagem” em torno do homem-forte do governo Dilma. Segundo ele, Palocci tem manifestado intenção de esclarecer o caso e agiu corretamente ao incluir a variação patrimonial em seu Imposto de Renda.
“Não está se tratando de um crime fiscal, por isso a ida do ministro ao Congresso, ou não, é mais uma questão política da oposição. Convocar o ministro para explicar o IR é pratica da oposição”, disse Déda.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, que também participou do encontro, ocorrido na residência oficial do governador do Distrito Federal, disse que o caso Palocci foi apenas mencionado durante a reunião.
O resultado do encontro foi a elaboração da “Carta de Brasília”, em que os governadores manifestam apoio às ações do governo federal, como para a contenção da inflação e a erradicação da pobreza. O documento não faz referência à crise política causada com a revelação da evolução do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil.
“A reunião não foi feita para tratar do assunto. Mas foi mencionado devido a relevância. Considero que o governo está tratando o caso da melhor forma possível”, disse .

Dilma evita garantir a ex-ministros adiamento de votação de Código Florestal

pernambuco.com


A presidenta Dilma Rousseff evitou garantir hoje (24) ao grupo de oito ex-ministros que a base aliada do governo adiará a votação do Código Florestal, na Câmara, prevista esta terça-feira. Mas, segundo os ex-ministros, a presidenta demonstrou preocupação com eventuais mudanças no texto que enfraqueçam a legislação ambiental. Segundo eles, Dilma também se disse preocupada com a hipótese de aumento do desmatamento com a execução da nova lei.
“A presidenta não falou claramente em trabalhar pelo adiamento da votação”, afirmou o ex-ministro Carlos Minc. “[Mas] a Dilma manifestou preocupação com o impacto negativo da aprovação do texto [na forma como está] no Rio 20”, acrescentou ele, informando ainda que Dilma considera “inaceitáveis” medidas que levem à anistia aos desmatadores, ao uso inadequado da terra e a ocupação de áreas de preservação ambiental. A Rio 20 reunirá, em 2012, chefes de Estado que vão tratar sobre economia verde e desenvolvimento sustentável.
Por cerca de uma hora, os oito ex-ministros de Meio Ambiente conversaram com a presidenta e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, no Palácio do Planalto. Ontem (23), eles divulgaram uma carta, assinada por dez ex-ministros do Ministério do Meio Ambiente, em que afirmam que o novo código é incoerente com o processo histórico do país.
“A presidenta Dilma reiterou o compromisso de não permitir que tenhamos retrocesso na legislação ambiental brasileira, conforme [compromisso assumido] na campanha”, afirmou a ex-ministra Marina Silva. “Ela [a presidenta] manifestou preocupação com o aumento do desmatamento só com a expectativa da aprovação da lei [Código Florestal].”
Para Rubens Ricúpero, ex-ministro do Meio Ambiente no governo Itamar Franco, a presidenta demonstrou estar envolvida com o tema e informada sobre as controvérsias que cercam o novo código. “Constatamos que a presidenta tem completo domínio de todas as questões em debate e tem posição semelhante à nossa. Também partilha das mesmas preocupações e se manifesta com firmeza e disposição para impedir retrocesso na legislação ambiental”, disse ele.
A presidenta não concorda com a possibilidade de anistia para quem desmatou ilegalmente e, segundo o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, Dilma vetará trecho sobre esse assunto. Além disso, a presidenta não abre mão da obrigatoriedade da reserva legal e da recomposição de áreas de preservação permanente (APPs)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pode não ter melhorado nada mas deu o que falar !

Yago Brasil

Ontem (15/5/11) ocorreu uma grande manifestação na BR 222, no trecho que liga a cidade de Sobral a Fortaleza, a fim de acelerar o processo de revitalização da BR. Essa manifestação foi aderida por vários políticos, empresários e cidadãos de toda a região, durante esse evento que mobilizou muitas pessoas, cerca de 300 veículos e transmissão de TV, radio e internet, toda essa parafernália como manda o protocolo, o governador alfinetou, mas uma vez, o ministro dos transportes e fez varias declarações polêmicas chamando-o de: incompetente, responsável e etc, causando muita polêmica, abalando mais ainda as relações entre o Governo do estado e o Ministério  como mostra o vídeo abaixo . Com tudo o evento foi um sucesso fez bastante barulho, eu acho que agora as providencias serão tomadas pelos órgãos responsáveis. Vamos ver se vai surtir algum efeito.

Prisão de diretor do FMI afeta cotação do euro


oreporter.com
A prisão do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, por tentativa de estupro provocou efeitos na cotação do euro em relação ao dólar. De acordo com a BBC Brasil, a moeda europeia caiu hoje (16) ao ponto mais baixo registrado nas seis semanas. 
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, chegou a afirmar que há "boas razões" para a Europa ter um candidato pronto para o cargo máximo do FMI, mas se negou a comentar a eventual saída de Strauss-Kahn do cargo de diretor-gerente.
O francês – de 62 anos, casado – foi detido na noite do último sábado (14) em Nova York, sob a acusação de atacar sexualmente a camareira de um hotel. Strauss-Kahn participaria hoje de uma reunião em Bruxelas sobre a concessão de ajuda financeira à Grécia e a outros países europeus endividados. O FMI informou que o vice-diretor-gerente do fundo, John Lipsky, ocupa interinamente o cargo de diretor-gerente durante a ausência de Strauss-Kahn. A chanceler alemã também estaria no encontro.
As acusações contra Strauss-Kahn também mudaram o cenário da corrida presidencial francesa. A candidatura dele ainda não havia sido anunciada, mas esperava-se que ele concorresse à Presidência pelo Partido Socialista, já que pesquisas de opinião mostravam que ele contava com boa vantagem sobre o atual presidente Nicolas Sarkozy, que deve concorrer à reeleição em abril de 2012.

domingo, 15 de maio de 2011

Serra não pode evitar ser o que se tornou: nada

Do Blog Tijolaço, de Brizola Neto

O Que Fazer Com Serra?

“O que está acontecendo hoje confirma o que Serra calculava (e temia). Perdeu a eleição, ficou sem mandato, viu seu desafeto Geraldo Alckmin vencer e está a caminho acelerado da aposentadoria. Triste sina a de José Serra. Nem bem terminou uma eleição em que foi protagonista, ninguém (nem ele) sabe o que será de sua vida.
Pelo que vemos na imprensa, anda à procura de plateias e interlocutores. Topa se encontrar com quem quer que seja, para tratar de qualquer coisa. Se houver alguém que queira conversar, está à disposição. O problema (para ele) é que não parecem ser muitos os interessados. Salvo um ou outro amigo, um ou outro jornalista fiel, anda sumido e tem que se esforçar para ser lembrado. Fala-se dele, mas não com ele.
Há um ano, era um ator fundamental do jogo político nacional. Depois de um longo percurso, tornara-se o candidato de seu partido à sucessão de Lula. Havia quem o visse como futuro presidente da República, alguns por pura torcida, outros por não entenderem o que as pesquisas diziam. Ele mesmo, pessoa racional que sempre foi, sabia que suas chances eram pequenas. Tinha consciência de que Dilma era franca favorita e que só se ela errasse teria possibilidades apreciáveis de vencer. Não chegava ao ponto de achar que a derrota era inevitável. Mas não se iludia a respeito das dificuldades.
Via sua candidatura como uma espécie de destino do qual não conseguiria escapar nem se tentasse. Na verdade, sempre a buscara e não seria na hora em que a tinha em mãos que a recusaria. Ele tinha que ser, pelas pressões de seus companheiros e correligionários, e queria ser candidato. Apesar disso, assumir a candidatura, consciente de que o mais provável era perder, não foi fácil. Deu sinais tão nítidos de hesitação que a grande imprensa paulista, aliada de primeira hora, chegou a publicar editoriais em que avisava que romperia com ele se não fosse em frente. Teve que ir.
O que o assombrava era a perspectiva de algo que está acontecendo hoje. Se não vencesse, o risco era que sua carreira política terminasse dali a alguns meses. No cenário que ele admitia ser mais provável, em que Dilma seria presidente e ele não teria mandato, estaria aposentado e seria para breve. Com idade para trabalhar por ainda muito tempo e no auge de sua capacidade como homem público, teria que pendurar as chuteiras. A tentação era grande de ceder aos apelos da família, ficar em São Paulo, disputar (como favorito) a reeleição e permanecer na ativa.
Dilema semelhante a esse nunca houve no PT. Lula perdeu três eleições e continuou candidato, sem questionamento relevante (é verdade que Eduardo Suplicy tentou, mas, como ninguém o leva a sério, acabou não dando em nada). E Lula não ficou sem ter o que fazer depois das derrotas. O partido logo criou uma agenda para mantê-lo politicamente vivo, como seu candidato natural para a eleição seguinte. No PSDB, isso não existe. Quem perde cede a vez, a menos que ninguém queira. E Serra sabia que havia quem a quisesse: Aécio, que se movimentara para ser candidato naquela (mesmo consciente de que suas chances eram escassas), já estava em campo.
O que está acontecendo hoje confirma o que Serra calculava (e temia). Perdeu a eleição, ficou sem mandato, viu seu desafeto Geraldo Alckmin vencer e está a caminho acelerado da aposentadoria. Seria diferente se tivesse feito uma boa campanha, sem apelações e em nível elevado? Se não tivesse cometido tantos erros? Se tivesse se poupado de vexames como as bolinhas de papel, as procissões, as baixas acusações? É impossível dizer com segurança, mas o certo é que teria preservado maior credibilidade. Se não tivesse, por exemplo, prometido ficções como um valor irreal para o salário mínimo, o 13º do Bolsa Família, aumentar em 30% o número de professores na rede pública, entre outras maluquices, suas opiniões sobre a política econômica do governo Dilma seriam mais ouvidas.
O fato é que não tem como evitar ser o que se tornou. Como dizem seus companheiros de partido, um problema para a renovação das oposições.

domingo, 8 de maio de 2011

Reforma política de Dilma atende interesses contrariados


Dilma propõe o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais
         


Correio Do Brasil 


presidenta Dilma Rousseff está disposta a tirar proveito do conforto político que tem para enfrentar interesses empresariais que considera contrários ao interesse do país. Os adversários do PT encolheram e têm menos condições de fazer uma dobradinha eficaz com empresários descontentes para tentar jogar Dilma contra a opinião pública. Os estrategistas da presidenta apostam que os confrontados reagirão com a arma que lhes resta: dinheiro. O troco viria com maciço financiamento de rivais do PT na eleição de 2014. Para se proteger da revanche, os estrategistas querem proibir patrocínio privado de campanhas.

O uso exclusivo de verba pública nas eleições depende de uma reforma política que os estrategistas da presidenta sonham ver votada no fim do ano, mesmo que custe uma penosa negociação com aliados. Só num começo de mandato, sem o acúmulo de desgastes do Palácio do Planalto com apoiadores, e diante de uma 
oposição fragilizada, é que seria possível votar “a mãe de todas as reformas”.


A relação que o governo tenta estabelecer com o Congresso, até agora, contribui para evitar fissuras com aliados. Na visão do Planalto, o Legislativo deve ser palco de grandes batalhas estruturais, não uma Casa da qual o governo dependa todos os dias, em votações cotidianas. É o caso da reforma tributária, que deve ser começar a ser discutida ainda no primeiro semestre. E da reforma política, no segundo semestre.


O plano de tocar a reforma política e defender a proposta de acabar com financiamento privado de campanhas esbarra, no entanto, num conflito que parece difícil de se resolver e que sugere, de fato, um alto custo. As duas maiores legendas do Brasil e do governo, PT e PMDB, que dividem o Planalto – Dilma pertence à primeira e o vice-presidente, Michel Temer, à segunda – têm visões divergentes sobre o tema.
Para o PT, as mudanças devem fortalecer os partidos e reduzir a influência do poder econômico. Já o PMDB defende valorizar mais candidaturas do que agremiações e acha complicado convencer a sociedade a aceitar dinheiro público em campanhas. Daí que a presidenta, mesmo simpática à reforma, e a despeito dos planos que a cercam, pretende assistir ao debate de longe.


– Ela é a favor da reforma política mas não vai entrar de sola, é um assunto para o Congresso resolver. Há muita divergência na base aliada – diz um ministro.

Reforma política

A intenção de partir com tudo para levar a reforma política adiante este ano foi explicitada pelo PT em reunião do Diretório Nacional dias 29 e 30 de abril. O encontro produziu dois documentos. Uma resolução sobre prioridades para 2011, que coloca a votação da reforma no topo, e um apenas sobre a reforma, com as teses defendidas.


“O financiamento privado superpotencializa a influência do grande capital na política e favorece a corrupção”, afirma o documento sobre a reforma. Nas resoluções, a cúpula petista incentiva dirigentes, bancadas e militantes a ocupar espaço na sociedade e na mídia para pregar a reforma política e buscar aliados, como sindicatos e outros partidos.


– Estamos no momento propício para fazer essa reforma, a sociedade precisa de um sistema político melhor 
– diz o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP).


O principal cabo eleitoral petista pela reforma política será o ex-presidente Lula. Desde o fim de 2010, ainda no Planalto, Lula pensa em montar uma frente de partidos de esquerda (PT, PSB, PCdoB e PDT) em prol da reforma. Antes, sentia-se engessado. O assunto tem potencial para afetar a relação de um presidente da República com seus apoiadores, já que os partidos têm opiniões variadas e divergentes.


É a dificuldade enfrentada por Dilma Rousseff hoje e que a leva a evitar envolvimento direto. O vice dela é do PMDB. O presidente do Senado, José Sarney, é do PMDB, maior bancada da Casa. Segundo um aliado de Michel Temer, a maior parte da legenda discorda do financiamento público. Acha que é muito difícil convencer a sociedade de que vale à pena gastar dinheiro público assim. Que não impede caixa dois. E que só favorece o PT.


Pesquisas indicam que o PT é o partido predileto dos eleitores que declaram ter alguma preferência. Parece o único capaz de sobreviver à base de voto de legenda, e o financiamento público estimula, de alguma forma, o voto de legenda. Isso porque é uma proposta que tem uma irmã gêmea. O eleitor votaria, para deputado ou vereador, numa lista que os partidos apresentariam na campanha, em vez de votar num candidato específico. O oposto do que o PMDB defende, que é valorizar candidatos.

Guia peemedebista

A posição peemdebista no debate da reforma política tem sido manifestada por Michel Temer desde que o tema começou a ser discutido pelo novo governo e o novo Congresso. Em fevereiro, Temer foi ao Senado, discursar sobre o tema, quando os senadores decidiram instalar comissão especial para tratar da reforma. Em março, publicou artigo na imprensa a respeito. Nas duas ocasiões, defendeu que deputados (federais e estaduais) e vereadores sejam eleitos conforme os votos que receberam individualmente, sem levar em conta alianças que suas siglas tenham feito.


Para Temer, a mudança corrigiria distorção que ele acredita existir no sistema eleitoral brasileiro. Presidente, governadores, prefeitos e senadores são eleitos graças a votações individuais. Deputados e vereadores, não. Na avaliação do vice, a nova regra faria uma espécie de depuração no Congresso, ao diminuir o número de partidos representados lá dentro – hoje, são 22 legendas. E, com tal redução, os partidos sobreviventes também se fortaleceriam.


Essa é uma proposta que, segundo um aliado de Temer, o PMDB faz questão que esteja na reforma política. Mas que mexe em algo que, em seus últimos documentos sobre o tema, o PT chama de “virtude do atual sistema que precisa ser preservada”, que é a eleição proporcional para casas legislativas.


Com visões antagônicas no coração da base de apoio ao governo, há condições de aprovar alguma reforma política e que ela contemple financiamento público de campanhas? Para os estrategistas de Dilma, que enxergam uma reeleição acirrada contra um poder econômico contrariado, sim. Custaria cargos e emendas parlamentares. Mas uma reforma estruturante como essa, defendida pela presidenta, valeria o preço.

Temer defende reforma para modernizar Legislativo

tribunadonorte.com.br


O vice-presidente da República, Michel Temer, proferiu ontem em Natal uma palestra sobre a Reforma Política no Brasil. Estiveram presentes no evento o deputado federal Henrique Alves (PMDB), o ministro Garibaldi  Alves Filho (PMDB) a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), além de senadores, prefeitos e vereadores de todo o  Rio Grande do Norte.   A apresentação ocorreu durante o 7º Encontro da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte (Fecam/RN), na qual tomou posse como presidente, o vereador Edivan Martins (PV) e como vice-presidente, o vereador mossoroense, Francisco José Silveira Júnior (PMN). “Nós buscamos fortalecer a Federação. Tudo o que acontece para moralizar e diminuir custos passa pelos vereadores. Iremos trabalhar por Câmaras Municipais mais qualificadas”, afirmou Francisco José.

O deputado federal Henrique Alves, iniciou seu discurso destacando a importância dos vereadores nas decisões tomadas em nome da coletividade e que nem sempre são reconhecidos como merecem. “Na escala política, a posição mais criticada é a do vereador”, destacou. Além disso, ele comentou que não importa quão humilde e pequena seja uma Câmara Municipal. “É nela que reside o pensar político”, definiu.


No encontro de vereadores, Temer cita trechos da Constituição para enfatizar importância da reformaNo encontro de vereadores, Temer cita trechos da Constituição para enfatizar importância da reforma
A governadora Rosalba Ciarlini, destacou que, quando prefeita de Mossoró, estreitou os laços como os vereadores e conseguiu realizar um bom governo. “Não importam disputas políticas. As eleições passam e é preciso dar as mãos  com os vereadores, independente de partidos, para que se possa fazer o melhor pela população”, disse. 

 A governadora aproveitou para  comentar as dificuldades iniciais que encontrou quando assumiu o Governo do Estado e agradeceu as parcerias firmadas com lideranças políticas locais e nacionais. Segundo Rosalba Ciarlini, uma parceria que deu certo foi com Henrique e Garibaldi, que juntos lutaram para que, depois de 14 anos, o edital do aeroporto de São Gonçalo do Amarante fosse aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). 

 Durante o encontro, a Câmara Municipal de Natal concedeu o título de cidadão natalense ao vice-presidente Michel Temer. Num discurso literário, composto por metáforas e aliterações em alusão à vida de Temer, o presidente da Fecam RN, o vereador da base governista municipal, Edivan Martins, prestou uma homenagem ao vice-presidente. “Repasso ao vice-presidente da República, Michel Temer, o título de cidadão natalense aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal”, destacou Edivan Martins.

 Após o recebimento da placa, o vice-presidente assumiu a tribuna e iniciou a palestra sobre a Reforma Política Brasileira. Durante explanação, Michel Temer defendeu o voto majoritário. O vice-presidente discorda da atual legislação que permite que alguns políticos eleitos com uma margem de votos muito alta  acabem “puxando” um outro candidato, cuja votação foi insignificante, como ocorreu em São Paulo e aqui, no Rio Grande do Norte. 

 De acordo com Michel Temer, é preciso modernizar o Poder Legislativo, fortalecendo-o através da implantação do voto majoritário. “Se no Rio Grande do Norte  tem oito deputados, os mais votados seriam os eleitos. Se em São Paulo existem 70 deputados, somente os mais votados assumiriam o cargo”, defendeu. Michel Temer ressaltou, ainda, que deve existir uma fidelização partidária. “Quem for eleito por um partido, dele não pode sair. Salvo casos relevantes e imprescindíveis de saída do partido”. O vice-presidente citou trechos da Constituição de 1988 para enfatizar a necessidade da Reforma Política.

 Questionado se a Reforma poderia ocorrer ainda este ano ou até o final do mandato da presidenta Dilma Rousseff, ele se mostrou confiante mas não detalhou os próximos passos do projeto. “Eu acredito que a Reforma Política ocorra na legislatura atual”, destacou.
Discursos destacam aeroporto

 A publicação do edital do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, garantida para amanhã pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), foi um dos pontos mais comentados entre os políticos que discursaram no 7º Encontro da Fecam RN. Mas nem só de elogios foi marcado o evento. A prefeita de Natal, Micarla de Sousa, aproveitou o tema da palestra ministrada por Michel Temer para fazer críticas à Justiça.   “A Reforma Política muito nos importa. Eu acho extremamente importante que ela seja urgente. Quem está legislando em nosso país hoje é o Judiciário”, afirmou. O teor do que foi dito não ficou muito claro quando analisadas as circunstâncias nas quais foi proferido. Entre uma saudação e outra feitas aos políticos presentes, a prefeita fez o comentário. Políticos da oposição acreditam que, subjetivamente, ela tenha feito menção à decisão da Justiça do Rio Grande do Norte em suspender o contrato de combate à dengue.

  Já a governadora Rosalba Ciarlini destacou o empenho do deputado federal Henrique Alves e do hoje ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho. “Somente com muito empenho e união, foi possível transformar este sonho de 14 anos em realidade”, afirmou a governadora referindo-se ao edital do novo aeroporto.

 Para Henrique Alves o aeroporto irá mudar a face econômica do Rio Grande do Norte. Com o objetivo de ampliar os empregos no estado e contribuir para o crescimento da economia local, o deputado federal fez um apelo à governador.  “Que a senhora firme uma parceria com a empresa vencedora da licitação para que os empregos que serão gerados durante e após as obras sejam ocupados por norte-riograndenses”. 

 De acordo com Henrique Alves, cerca de 20 mil empregos poderão ser gerados durante e após as obras. “A porta do mundo no Brasil será o aeroporto de São Gonçalo do Amarante com a decisão correta da ANAC em publicar o edital”, destacou.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Governo decide hoje se vota Código Florestal nesta semana

Yago Brasil


Uma série de reuniões programadas para esta terça-feira (3) deverá definir se a votação do Código Florestal na Câmara dos Deputados ocorrerá mesmo amanhã, ou não. Pela manhã, a bancada do PT promove a sua reunião semanal, em que deve tratar do assunto, após a apresentação final do relatório feita ontem pelo deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP). À tarde, os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se reúnem para tratar do mesmo tema.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Brasil deve ter inflação e juros maiores em 2011


r7.com
A inflação e os juros devem ficar ainda maiores neste ano. A previsão de economistas e de outros analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central é de que o aumento de preços dos bens e serviços no país encerre o ano em 6,37%. A previsão anterior era de 6,34%. Já a Selic (taxa básica de juros) passou de 12,25% para 12,5%.
Os números fazem parte do boletim semanal Focus, divulgado nesta segunda-feira (2).
A expectativa para a inflação oficial neste ano subiu para um patamar ainda mais distante do centro da meta de inflação, que é de 4,5%.
Significa dizer que, nos 12 meses entre janeiro e dezembro, os preços de bens e serviços não podem aumentar mais do que isso. Essa meta tem uma margem de segurança que vai de 2,5% a 6,5%. Acontece que, nos 12 meses encerrados em março, a inflação já acumula 6,3% - ou seja, quase estourando o limite máximo previsto.
Para o ano que vem, os analistas mantiveram a projeção para a inflação em 2012 em 5%.
De acordo com a pesquisa Focus, os analistas também aumentaram a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2011, de 12,25% para 12,5% ao ano. Atualmente, a taxa está em 12% ao ano. A projeção para a Selic no fim de 2012 passou de 11,75% para 12% ao ano.
O mercado financeiro manteve a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país) em 2011, em 4%, segundo o boletim Focus. Para o ano que vem, a projeção para o crescimento da economia avançou de 4,21% para 4,25%.
Para o mercado de câmbio, os analistas preveem que o dólar encerre 2011 em R$ 1,62, valor inferior ao estimado na semana anterior, de R$ 1,65. A projeção do câmbio médio no decorrer de 2011 passou de R$ 1,62 para R$ 1,61. Para o fim de 2012, a previsão para o câmbio permaneceu em R$ 1,70.