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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Celso Amorim assegura a militares que não vai reinventar a roda


Correio do Brasil

O recém nomeado ministro de Defesa, CelsoAmorim, assegurou que não vai reinventar a roda à frente da pasta, depois de se reunir com o comando das Forças Armadas.
Amorim, que foi ministro do Exterior durante os oito anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu no Palácio do Planalto com o comandante do Exército, o general Enzo Peri, com o chefe da Força Aérea, o brigadeiro Juniti Saito, e com o comandante da Marinha, o almirante Júlio Soares de Moura Neto.
Segundo comunicado, também participou da reunião, que durou uma hora e 45 minutos, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, José Carlos de Nardi.
O ministro manifestou sua intenção de executar as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, aprovada em 2008, e expressou que não vai reinventar a roda durante sua gestão.
A reunião, que foi qualificada de produtiva, tinha o objetivo principal de estabelecer um primeiro contato entre ambas as partes para que Amorim pudesse conhecer de forma breve as questões mais relevantes no âmbito de atuação das Forças Armadas, temas relacionados com o orçamento do setor e a agenda de trabalho.
Previamente, Amorim, diplomata de carreira, almoçou com a presidente Dilma Rousseff, de quem recebeu as primeiras diretrizes para o Ministério, segundo a nota.
Segundo a imprensa, alguns comandantes militares criticaram em privado a nomeação de Amorim por considerar que seu perfil de diplomata não é o mais indicado para a pasta da Defesa.
Em uma tentativa de transmitir confiança às Forças Armadas, Dilma se dirigiu separadamente aos altos comandantes militares, a quem pediu que mantivessem a normalidade institucional.

sábado, 6 de agosto de 2011

Amorim na Defesa é um excelente sinal para o governo inteiro


Do Blog do Rovai


Dilma ganhou a eleição por conta do apoio de Lula. Isso é fato. E não é demérito.
Ela fez parte do governo do ex-presidente desde o seu primeiro dia. E ainda participou da equipe de transição. Ou seja, poucos foram tão importantes no governo Lula quanto ela. Ou seja, ela foi candidata de um governo cujo sucesso ajudou a construir. E Lula era o símbolo daquele sucesso, por isso seu apoio foi tão importante.
Mas é fato também que Dilma ganhou a eleição por ter méritos. Muitos méritos. E um dos momentos onde mostrou-os com maestria foi no debate do segundo turno na TV Bandeirantes, quando ela sacou o Paulo Preto do bolso e meteu o engenheiro na testa de Serra. E ao mesmo tempo lembrou que a esposa de Serra é que tinha começado essa história do aborto. Deu um banho no tucano naquele debate. E na minha opinião derrotou-o ali.
Antes daquele debate a diferença entre ambos tinha chegado na margem do empate técnico. O clima era de estupefação na direção da campanha. E a militância começava a entrar em desespero.
Escrevi uma reportagem para a Fórum após a eleição que publiquei neste blog em dois posts. Você pode ler aqui e aqui. Nenhum outro veículo publicou algo tão detalhado sobre aquela disputa. Acho que vale a pena ler porque ajuda a entender o que está acontecendo hoje.
Mas o que isso tem a ver com a queda de Jobim e a volta do chanceler Celso Amorim, agora como ministro da Defesa, para o governo. Tem o seguinte, Dilma está aos poucos assumindo seu espaço e botando ordem na casa. Como fez no segundo turno, a partir do debate da Bandeirantes.
Seu ministério tem atualmente uma cara mais interessante do que no dia 1 de janeiro.
A saída de Palocci e de Luis Sérgio do núcleo central e o deslocamento do poder que eles tinham para a dupla Gleisi Goffmann e Ideli Salvati fez bem ao governo.
Como também faz bem ao governo a chegada de Celso Amorim que é incomparavelmente mais sério, nacionalista e competente do que Jobim.  O ex-ministro não era só um quinta-coluna no ministério, mas alguém de competência bastante questionável. Que não soube, por exemplo, conduzir nem a compra de meia dúzia de aeronaves.
Dilma ainda tem que melhorar muita coisa. Algumas que, inclusive, desandaram sob a sua gestão. Uma delas para a qual tenho sempre chamado a atenção e onde o seu governo perde de 10 para o de Lula é a da Cultura.
A decepção nesse setor é imensa. Tanto pelo que está sendo feito como pelo que não está sendo feito pelo atual MinC.
Mas a entrada de Amorim é um alento de que a presidenta conhece o time que tem e de que é boa na hora das substituições.
Ou seja, Dilma é aquele tipo de técnica que sabe mexer na equipe durante o jogo.
O que, se vier a se confirmar durante os próximos anos,  significa que seu governo tem potencial para terminar melhor do que começou.