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Defensor do aumento do salário mínimo para R$ 560, o senador Paulo Paim (PT-RS) admite recuar de sua posição para votar favoravelmente ao mínimo de R$ 545 no Senado, proposto pelo governo federal.
Depois de ser procurado nos últimos dias por representantes do PT e do Palácio do Planalto com apelos para mudar seu voto, Paim fala em "negociação" se o governo atender a algumas condições impostas pelo petista.
O senador diz que prefere a garantia do reajuste automático do mínimo até 2015 com base na correção da inflação e do crescimento interno do país a garantir, neste ano, a antecipação de R$ 15 no aumento do mínimo.
"Se caminharmos nesse sentido, não vejo motivos para antecipar só R$ 15 neste ano, já que em janeiro vamos ter um reajuste de 14%. Eu quero a garantia de que essa política é intocável, mesmo quando houver crise econômica", afirmou.
Além da garantia de que o governo vai conceder o reajuste anual com base na inflação e no PIB (Produto Interno Bruto), Paim também coloca como condição para mudar o seu voto a promessa da discussão pelo governo de dois temas: o fator previdenciário e a política de reajuste dos aposentados.
"Admito a possibilidade de negociação neste sentido. O meu voto é simbólico para o governo, por isso quero fazer o máximo para garantir futuras negociações."
Paim vai se reunir nesta terça-feira com representantes das centrais sindicais para apresentar sua posição. Na semana passada, o petista prometeu apresentar emenda para aumentar o salário mínimo para R$ 560 mesmo com a pressão contrária do Palácio do Planalto.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, também se reúne amanhã com a bancada do PT no Senado para defender o mínimo de R$ 545. Há a expectativa da presença do ministro Guido Mantega (Fazenda).
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