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domingo, 10 de abril de 2011

Dilma 100 dias: perfil técnico e discrição marcam primeira presidente.

sidneyrezende.com



Dentro do cotidiano político, os 100 primeiros dias de um governo são muito observados para análise de desempenho e também como um referência para a atuação de um administrador no restante de seu mandato. Com a presidente Dilma Rousseff não seria diferente. A informação de que ela vetou qualquer tipo de comemoração da data por parte dos integrantes dos escalões de seu ministério é um indicativo de que ela vai manter o estilo discreto que marcou o primeiro mês.



Mas além de ser uma questão de personalidade, também é uma mostra de que ela, que pela primeira vez exerce um cargo eletivo de grande visibilidade, quer evitar "cantar vitória" por conta de algumas confirmações de autoridade, como na disputa por cargos protagonizada pelo principal partido da base aliada, o PMDB, e também nas discussões sobre o reajuste e a regra de cálculo no salário mínimo. Dentro do governo, existe a convicção de que o pedido de Dilma aponta o cuidado de saber que as taxas de popularidade costumam apresentar queda nos três primeiros meses de mandato.

Por ser economista de formação, Dilma levou para a Presidência o mesmo perfil técnico-gerencial adotado quando esteve à frente do Ministério da Casa Civil, durante o Governo Lula. Contando com uma ampla base no Congresso Nacional, a presidente conseguiu a aprovação da proposta de aumento salarial em até R$ 545, impondo a primeira derrota da base de oposição e contrariando as centrais sindicais. Apesar da justificativa do corte nos excessos de gastos públicos e na preocupação com uma possível volta de uma pressão inflacionária, é algo observado com potencial para causar impacto em sua popularidade.

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